Desde janeiro – mês em que o desemprego deu um
salto de 6,8% para 8,2% –, aumentou a movimentação nos maiores sites de emprego
na internet. No Catho Online, um dos mais acessados do país, o número de
visitas mensais dobrou. No vagas.com.br, o cadastro de novos currículos cresceu
93%.
Esses sites não são garantia de emprego, são
maneiras de encurtar os prazos de um processo de seleção. No velho sistema,
aquele em que a empresa coloca um anúncio no jornal e o interessado envia um
currículo em papel a seu RH, o prazo para chegar à entrevista é de dez dias, em
média. Na internet, em questão de minutos obtêm-se os nomes mais indicados para
a fase do contato pessoal. Isso é possível graças a um software que acelera
a triagem dos candidatos. O prazo total de contratação também fica mais curto
na internet. Na recolocação tradicional, o tempo médio gasto com
formalidades é de 35 dias. Pelo banco de dados na rede, todo o processo pode
levar sete dias.
Há mais de 100 sites brasileiros de emprego
on-line. Eles surgiram no fim dos anos 90 e ganharam força, sobretudo, nos
últimos cinco anos. Embora sejam úteis, eles não podem, e nem devem, ser a sua
única ferramenta na busca por uma vaga. Os especialistas recomendam recorrer
também aos sites das próprias empresas onde se almeja trabalhar. Algumas
oferecem formulários de recrutamento diretamente em seus endereços eletrônicos.
Outra dica é acionar e manter ativa a sua rede de relacionamentos pessoais e profissionais.
VEJA consultou especialistas dos cinco maiores sites de emprego do país para saber qual o mais indicado para os diferentes perfis e níveis profissionais.
Catho Online.com.br
Para quem
é mais indicado: profissionais com nível superior. Quase metade das
vagas é destinada a quem tem esse perfil.
Total de
cadastrados: 200.000.
Quantos
conseguem emprego: cerca de 7 000 por mês.
Tempo
médio de espera entre os que conseguiram emprego: três
meses.
Quanto
custa: há um período de testes gratuito de sete dias. Depois, o candidato
precisa se encaixar em algum dos planos pagos, cujo preço varia de 59 reais (o
mensal) a 498 reais (o anual). Estagiários e portadores de deficiência pagam a
metade:
Vagas.com.br
Para quem
é mais indicado: embora as vagas atendam a todos os segmentos,
seu forte
é a seleção de trainees e estagiários.
Total de
cadastrados: 2,4 milhões.
Quantos
conseguem emprego: não informado.
Tempo
médio de espera entre os que conseguiram emprego: três
meses.
Quanto
custa: gratuito para todos os candidatos.
Empregos.com.br
Para quem
é mais indicado: profissionais da área administrativa. Quase 20% das
vagas são para setores de contabilidade, economia, recursos humanos e vendas.
Total de
cadastrados: um milhão.
Quantos
conseguem emprego: não informado.
Tempo
médio de espera entre os que conseguiram emprego: três
meses.
Quanto
custa: grátis nos primeiros dez dias. O plano mensal custa 35 reais, o
trimestral 89 reais e o anual 315 reais.
Currículum.com.br
Para quem
é mais indicado: quase 30% das vagas se destinam a profissionais da
área de vendas. São cargos que exigem, em geral, ensino médio e nível técnico.
Total de
cadastrados: quatro milhões.
Quantos
conseguem emprego: 20 000 por mês.
Tempo
médio de espera entre os que conseguiram emprego: de um a
seis meses.
Quanto
custa: inicialmente, o serviço é gratuito. Ele passa a ser pago quando o
candidato opta por dar destaque a seu currículo nas listas de buscas. O preço
vai de 36 reais (o plano mensal) a 462 reais (o plano trimestral com serviço de
análise de currículo e dicas para a entrevista de emprego).
Manager.com.br
Para quem é mais indicado: um quarto das
vagas se destina a atendimento em call centers, que costumam exigir apenas
nível médio dos candidatos. Há ainda cerca de 22 000 vagas só para estagiários
de todos os segmentos profissionais.
Total de cadastrados: 100 000.
Quantos conseguem emprego: 6 000 por mês.
Tempo médio de espera entre os que conseguiram
emprego:
de um a três meses.
Quanto custa: os primeiros sete dias são gratuitos.
Depois, o preço varia de 59 reais (o plano mensal) a 249 reais (o semestral).
Estagiários pagam a metade.
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